A campanha “Sangue é Vida”, lançada na última terça-feira (21/09), por meio de uma parceria entre a Fundação Parques e Jardins, vinculada à Secretaria do Meio Ambiente, e o Hemorio, já apresenta seus primeiros resultados positivos: um aumento de 35% no número de doações realizadas diretamente na unidade. Com a proposta de converter doações de sangue em novas árvores para a cidade, a iniciativa já contabiliza mais de 2,3 mil mudas que serão plantadas nas regiões menos arborizadas do Rio. A campanha vai até o dia 04 de outubro.
Na primeira semana de campanha, entre 20 e 27 de setembro, foram registradas 2.328 doações, um aumento de 35% comparado ao mesmo período de 2020 que registrou 1.731 coletas.
O presidente da Fundação Parques e Jardins, Fabiano Carnevale, atribui o sucesso da campanha à combinação de duas boas ações que incentivam ainda mais a participação da população. -Além de ajudar quem precisa da doação de sangue, o doador se sente ainda mais feliz e satisfeito em ter colaborado com a causa da arborização urbana da cidade.
O diretor-geral do Hemorio, Luiz Amorim, observou que em agosto as doações tiveram uma queda de 20%. – Essa campanha é fundamental para o Hemorio, porque estamos vivendo uma época muito difícil em relação à doação de sangue. Todos que participam estão ajudando consideravelmente a aumentar os nossos estoques – disse.
De acordo com o órgão, são necessárias pelo menos 300 novas bolsas de sangue por dia para atender a demanda dos pacientes do estado. No último ano as doações foram diretamente impactadas por conta da pandemia e a média diária de coletas caiu para 210.
– Com uma bolsa de sangue podemos salvar até quatro 4 vidas. Não podemos mudar o mundo, mas podemos mudar o mundo de alguém – destacou a doadora e fisioterapeuta, Carla Oliveira.
A campanha “Sangue é Vida” seguirá até 04 de outubro, Dia da Natureza. Ao final da campanha, o número total de mudas será contabilizado com base no total de doadores do período. Essas mudas serão plantadas nas áreas selecionadas pela Fundação Parques e Jardins, especialmente nas zonas Norte e Oeste. Atualmente a cidade do Rio conta com um déficit de 1 milhão de árvores urbanas.
Coleta segura
O Hemorio, órgão da Secretaria de Estado de Saúde, abastece as principais emergências, maternidades e unidades de saúde da capital, além de enviar sangue, quando necessário, para hospitais em todo o estado. Todo o sangue doado é usado principalmente em grandes emergências como acidentes de trânsito, em cirurgias e em pacientes com doenças oncológicas e hematológicas.
Quem já teve Covid-19 pode doar sangue 30 dias após estar curado da doença. No caso das vacinas, também é permitido doar. Quem tiver sido imunizado com a Coronavac está liberado para doar sangue 48h depois da aplicação. No caso dos demais imunizantes, o prazo é de uma semana.
A doação de sangue é um ato voluntário e altruísta que salva vidas. Quem não puder doar pode participar divulgando a importância da doação.
A coleta é um processo muito seguro. Todo o material utilizado é estéril, descartável e de uso individual. Antes da coleta, é feita uma triagem com questionário e entrevista para descobrir se o cidadão está apto a fazer a doação. Na doação habitual, são coletados até 450 ml de sangue.
Doar sangue é seguro e quem doa uma vez, não é obrigado a doar sempre. No entanto, é muito importante que pessoas saudáveis doem regularmente. Se você estiver em dúvida se pode ou não doar, entre em contato diretamente com o Hemorio pelo DISQUE SANGUE – 0800-2820708.
Quem pode doar
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50 kg, estar bem de saúde e portar um documento de identidade oficial com foto. Jovens com 16 e 17 anos só podem doar sangue com autorização dos pais ou responsáveis legais e devem portar ainda um documento de identidade do responsável.
Não é necessário estar em jejum, apenas evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e não ingerir bebidas alcoólicas 12 horas antes.
Os voluntários não podem ter tido hepatite após os 10 anos, nem estar expostas a doenças transmissíveis pelo sangue (sífilis, AIDS, hepatite e doenças de chagas). Mulheres grávidas ou amamentando e usuários de drogas não podem doar sangue.
Os homens podem doar de 2 em 2 meses, até 4 vezes ao ano e as mulheres podem doar de 3 em 3 meses até 3 vezes ao ano.
O Hemorio funciona de segunda a segunda, incluindo feriados, de 7h às 18h, na Rua Frei Caneca nº8, no Centro.