Guarda Municipal realiza palestra visando o combate à intolerância religiosa sob a perspectiva legal

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Publicado em 23/01/2024 - 15:25  |  Atualizado em 23/01/2024 - 15:26

A Guarda Municipal do Rio (GM-Rio) realizou nesta terça-feira (23/01) a palestra “O Estado Laico e a Perspectiva Legal”, ministrada pelo advogado Luís Felipe de Paulo Campos, secretário-geral da Comissão de Diversidade Religiosa e Coordenador da Câmara de Mediação e Conflitos para Casos de Intolerância Étnico Religiosos do Município do Rio de Janeiro. O evento foi promovido pelo Programa “GM sem Preconceito”, da Diretoria de Recursos Humanos, em alusão ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado em 21 de janeiro, e também para orientar o efetivo sobre como agir e identificar situações do dia a dia envolvendo denúncias e flagrantes relacionados ao tema.

Participaram da palestra gestores e integrantes das unidades operacionais da GM-Rio e também estiveram presentes como convidados a subsecretária de planejamento estratégico e projetos especiais da Seop, Maria Eduarda Couto, o vice-presidente do Conselho Estadual de Defesa e Promoção da Liberdade Religiosa (CONEPLIR), Og Sperle, e a integrante da Coordenadoria da Diversidade Religiosa da Secretaria Especial da Liberdade Religiosa do Município do Rio, Laura Pereira.

Durante o encontro, o advogado Luís Felipe apresentou o panorama histórico da laicidade do Estado Brasileiro, que é vigente desde 1890, e abordou a legislação atualmente em vigor, nos níveis federal, estadual e municipal, que trata sobre o combate à intolerância religiosa, incluindo ainda parecer do Supremo Tribunal Federal (STF) para a questão polêmica do abate religioso.

– O Estado Laico e o exercício da laicidade são questões que a gente atravessa com muito prejuízo no Brasil. Mesmo há mais de um século que não somos mais um Estado Confessional, ainda são inúmeros os casos de violência e intolerância religiosa, em especial contra as religiões de matriz africana, no nosso país. Temos essa percepção também por meio das denúncias que chegam até a Central 1746 -, comentou Luís Felipe.

O advogado ainda falou sobre as atribuições dos guardas municipais enquanto agentes públicos na mediação e ou interferência nos casos de intolerância. Duas questões, em especial, foram levantadas pelos público para que fossem esclarecidas pelo advogado, no que diz respeito à fiscalização da perturbação do sossego durante cultos dos mais variados segmentos religiosos e às oferendas e ritos em áreas públicas de preservação ambiental, como parques e praias. As duas situações estão passíveis de fiscalização pelos guardas municipais. Luís Felipe conversou com os agentes sobre os aspectos legais da abordagem e também destacou o desconhecimento e a ignorância em relação às religiões como um fator que ajuda a promover preconceitos, discriminação e violências.

– Nós, guardas municipais, não podemos prevaricar, nos omitir e nem abusar da autoridade nas questões que dizem respeito aos direitos e à defesa da crença, por isso, esse tipo de instrução é muito importante para nos atualizar e relembrar a legislação que vai orientar e amparar nosso trabalho nas ruas -, destacou o inspetor Claudio Figueiredo, coordenador regional da Zona Norte.

O tema Intolerância Religiosa começou a fazer parte, junto com as questões do capacitismo, em 2023, do programa “GM sem Preconceito”, que visa combater e conscientizar o efetivo da GM-Rio sobre violências que ainda são muito presentes na sociedade brasileira, para estimular ações individuais e coletivas contra atitudes preconceituosas e desumanas. O programa existe desde 2016 e já atuava em três eixos, que são o racismo, a LGBTfobia e a violência contra a mulher.

Vinculada à Secretaria Municipal de Ordem Pública, a Guarda Municipal do Rio de Janeiro (GM-Rio) foi criada em 1993 para proteger o cidadão e atuar nas mais variadas frentes: ordenamento urbano;  fiscalização do trânsito e das posturas municipais;  preservação de bens, serviços e instalações; e no apoio às ações de Segurança Pública. Com 7.312 guardas, a GM-Rio mantém 35 unidades operacionais na cidade, sendo 15 Inspetorias, 11 Unidades de Ordem Pública e nove Grupamentos Especiais. As equipes atuam no patrulhamento a pé, com cães, em viaturas, carrinhos elétricos, bicicletas e motocicletas. Para acompanhar a dia a dia da cidade, a Guarda Municipal desenvolve diversas ações de segurança em escolas municipais, praias, praças, parques e nos principais pontos turísticos do Rio. É considerada a maior Guarda Municipal desarmada do país e é referência em ações operacionais.

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