
A Guarda Municipal do Rio (GM-Rio) promoveu um evento de conscientização e combate à Intolerância Religiosa para seu efetivo. Realizado ontem e nesta quinta-feira, dias 18 e 19 de janeiro, o evento contou com um colóquio com a presença de 11 lideranças de religiões diversas, como Catolicismo, Wicca, Ciganos, Evangélicos, Candomblé, Umbanda, Islamismo, Judaísmo, entre outros; e um debate com o professor doutor babalaô Ivanir dos Santos, e com o coordenador de diversidade religiosa da Prefeitura do Rio, prof. Marcio de Jagun, para falar sobre o tratamento dado a esse tema em órgãos governamentais e nas instituições em geral.
– Falar sobre Intolerância Religiosa é essencial para nós aqui na GM-Rio, tanto para comandantes e líderes quanto para guardas municipais que atuam na linha de frente das operações, pois no dia a dia lidamos com diversas situações, desde auxílios até conflitos e crimes, em que nossos agentes devem agir de acordo com as leis e também com empatia, solidariedade e respeito à diversidade. Quando o agente conhece as religiões e a maneira correta de interagir com os seguidores e fiéis, ele vai atuar com mais segurança e equidade e vai ser um defensor e garantidor de direitos e deveres – destaca o comandante da GM-Rio, inspetor geral José Ricardo Soares.
O tema Intolerância Religiosa começou a fazer parte neste ano do programa “GM sem Preconceito”, que visa combater e conscientizar o efetivo da GM-Rio sobre violências que ainda são muito presentes na sociedade brasileira, para estimular ações individuais e coletivas contra atitudes preconceituosas e desumanas. O programa existe desde 2016 e já atuava em três eixos, que são o racismo, a LGBTfobia e a violência contra a mulher.
Esta semana foi escolhida para a realização do primeiro evento relacionado à Intolerância Religiosa porque 21 de janeiro é o dia de combate a este crime. Participaram das atividades guardas municipais e também comandantes de unidades operacionais e gestores da instituição. No primeiro dia, durante o colóquio, os palestrantes presentes puderam trazer informações sobre cada religião, com seus dogmas, preceitos ou doutrinas e os participantes tiveram a oportunidade de tirar dúvidas, fazendo perguntas diretamente a cada representante de cada instituição. Já no segundo dia, os participantes do debate abordaram várias questões relacionadas à Intolerância Religiosa, como os aspectos legais e o impacto das religiões na sociedade e nos indivíduos. A informação é o primeiro passo para desmistificar e desconstruir pré-conceitos.